domingo, 26 de agosto de 2007

A partir do séc. XVIII surge uma nova diretriz de trabalho, do manufaturado para o industrial, novas tecnologias começam a ser impladas no mercado de trabalho com a função de facilitar e agilizar a produção.
Isso ocasionou a substituição da mão de obra humana, pela máquina (máquina a vapor) resultando em uma inversão de papeis onde a máquina tomou o lugar do homem. Como foi retratado no filme Metrópolis, escrito por Fritz Lang e Thea von Harbou, baseado em livro de Thea von Harbou houve uma revolta da classe operaria devido a invenção da máquina. A criação do invento apesar de beneficiar, resultou em seguida a sua destruição.


Um novo modelo econômico de cidade começou a expandir-se. A população ficou dividida em camadas, sendo a inferior habitada por operários dividindo o mesmo espaço com área produtiva e na superfície, os burgueses (Jardim dos prazeres).
Na camada superior surge uma nova tipologia de cidade a partir de um modelo – futurismo. Este movimento artístico e literário surgiu na Itália em 1909, com a publicação do manifesto futurista que passou a influenciar diversos artistas, como o arquiteto Antonio Sant’elia.


Esse arquiteto utilizava em seus projetos novas tecnologias, como na criação da Cittá Nuova (Cidade Nova), em que rompe com a tradicionalidade e inova com passarelas e escalas monumentais

No filme Metropólis a articulação da cidade se dá por passarelas em diversos planos e elevadores utilizados por veículos e pedestres. O adensamento urbano está refletido na verticalidade da cidade, tanto nele quanto no filme o quinto elemento

Neste documentário a cidade de Nova York vive no séc. XXIII, onde a configuração do sistema viário interage com os arranha-céus. O cotidiano da população é “dividido” com a tecnologia em espaços pequenos. A cidade apresenta uma funcionalidade, apesar da sua inovação robótica.

Diferente da visão do filme o caçador de andróides em que a cidade é retratada com futurismo, mas com deficiências de funcionalidade. Principalmente na questão do desequilíbrio ambiental (aquecimento global).
No filme o quinto elemento, o caçador de andróides e metropólis a cidade é vista como uma “cocha de retalhos”, onde é dividida em camadas, a justaposição de “imagens” relembrando os retalhos. A mesma linguagem utilizada pelo grupo do Archigram.
O grupo Archigram composto por arquitetos ingleses queriam romper com a tradicionalidade criando assim uma nova tipologia baseando-se no modelo futurístico, ligando assim a arquitetura ao mundo virtual e tecnológico. Em seus projetos eles dão ênfase a uma dinâmica de articulação utilizando passarelas e circulações verticais.
A nave cidade do paraíso, do filme o quinto elemento possui uma relação tipológica com a filosofia do Archigram, ou seja, espaços compactos, mas articulados com a cidade.
Os três documentários retratavam a realidade com o domínio da ficção utilizando a tecnologia da era espacial, com a inovação de materiais recicláveis também utilizados nos projetos do grupo Archigram.